Ronaldo pode mudar de time
É como diz o velho provérbio viking: nada está tão ruim a ponto de não poder piorar. O Ronaldo pode alegar "ah, mas que que é um peido pra quem tá cagado?", mas, ô Ronaldo, isso aí é se transformar em merda quando apenas uns peidinhos estavam sendo soltos.
E tá aí um prato cheio pra psicólogos. O cara é fedorento de rico e pegou incontáveis gostosas na vida por isso. Não venham me dizer que é porque ele é bonito ou porque ele tem bom papo, porque aí eu vou começar a mentir também. Esse mané não precisa pagar pra ter mulher gostosa na volta. Se quisesse pagar, ele poderia ir para um puteiro classe A golden plus 3.0. Mas não! De comedor da Susana Werner e Daniella Cicarelli à pegador de travesti. Rapaz, pelo visto esse negócio de má fase é grave mesmo.
As travecas, tentando se fazer na vida, decepcionam. Vanessão Ji-Paraná faria muito melhor.
Segundo a polícia, o Fenômeno diz ter sido vítima de tentativa de extorsão de R$ 50 mil do travesti André Albertino.
O que Vanessão diria: "Manda ele abrir a carteira dele. Era 50 mil reais, não era? Não era? 50 mil reais. Ele tem 50 mil reais na carteira dele, querido! Ele tem muito mais de 50 mil reais!"
(...)o atacante teria decidido não mais fazer o programa e deu R$ 1.000 para dois deles.
O que Vanessão diria: "Se ele me deu mil, é porque... o babado é cer-to! Manda ele abrir a carteira lá procê ver quanto de mil reais ele tem!"
Ele estava muito emocionado, disse que saiu para se divertir e que não queria que a imprensa ficasse sabendo do caso.
O que Vanessão diria: "Isso é uma mariCOUna! Roda na esquina direto! Chupando pinto de viado! Minhas amiga conhece ele várias veziz!"
Ronaldo teria ficado revoltado com a tentativa de extorsão e, após um escândalo do travesti na porta do motel, a polícia foi chamada.
O que Vanessão diria (e faria): "Arrebentei o Ford deh-li!"
(Pra quem nunca viu o Vanessão, bora se atualizar, mané.)
terça-feira, 29 de abril de 2008
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Definições
Uma boa definição de "talento":
"Ir para o boteco mais próximo e fazer com maestria aquilo que os apresentadores do Pretinho Básico fazem no rádio."
Uma boa definição de "desgraça":
"Saber que os apresentadores do Pretinho Básico ganham uma grana preta pra fazer aquilo no rádio, enquanto a gente gasta uma grana preta com cerveja nos botecos."
"Ir para o boteco mais próximo e fazer com maestria aquilo que os apresentadores do Pretinho Básico fazem no rádio."
Uma boa definição de "desgraça":
"Saber que os apresentadores do Pretinho Básico ganham uma grana preta pra fazer aquilo no rádio, enquanto a gente gasta uma grana preta com cerveja nos botecos."
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sábado, 19 de abril de 2008
Solteironas, tremei
Tá lá a quarentona solteirona, mais encalhada que baleia em praia rasa, acariciando o pequinês de estimação, o mais próximo do que ela pode definir como "companheiro" nos últimos 15 anos.
E lá tá ela na internet, buscando o famoso chinelo velho para o pé cansado, no chat do Terra. E eis que ela se depara com a solução para os todos os problemas do seu universo: o manual da tiazona desesperada.
Essa sessão do Terra, por sinal, é um dos melhores sites humorísticos da internet, desbancando outros como o HumorTadela, o Charges e até mesmo o Assustador. Quem ler esta matéria, com o implícito título de "sou jornalista e tomei um colossal pé na bunda há meia hora", verá que eu não estou exagerando.
Mas voltemos ao manual da quarentona encalhada.
1º dia: O mundo precisa saber que você está à procura. Avise suas amigas para que elas te apresentem amigos, primos, irmãos. Faça com que elas saibam da sua vontade. (...)
Em outras palavras, "espalhe seu desespero por toda a galáxia" ou "anuncie em horário nobre da Rede Globo". O texto ainda sugere que a desesperada pratique "caras que te deixem sexy". Ou seja, sugere que a criatura treine pra fazer em 24 horas o que não conseguiu em quase meio século de vida.
2º dia: Saia com duas amigas ou se tiver coragem faça isso sozinha.
Uma coisa é de se elogiar: a forma sutil e educada para dizer "você não tem amigas e deve sair sozinha". Se as cãimbras faciais não estiverem atrapalhando muito, aquelas caras e bocas que não saíram em meio século de vida devem ser utilizadas agora, após algumas horas de treinamento. Em outras palavras, a metralhadora giratória já está em ação, à procura da primeira vítima. No dia seguinte, a metralhadora giratória deve ser levada à outros lugares, devendo atingir no mínimo 1 coitado. Ele deve ser submetido à tortura logo na noite seguinte.
4º dia: Graças à Internet, hoje existem muitas formas de entrar em contato com as pessoas. Procure descobrir algo sobre aquele homem que tanto lhe chamou a atenção na universidade e escreva-lhe um e-mail, talvez ele esteja solteiro e vocês possam sair para bater um papo. Funcionará perfeitamente. Se o tal cara que chamava a atenção for aquele nerd que fez um trabalho com a desesperada no primeiro semestre, o que ele mesmo tomou a consciência de definir como "o mais perto que cheguei de uma mulher".
O quinto dia cita um retorno à academia, pra falar com o pobre alvo. Isto é, se o cara tiver coragem de voltar à academia depois de ver a desesperada lhe lançando olhares tão sensuais quanto o ataque de um crocodilo faminto. E, no dia seguinte, é citado um tal executivo que lança olhares à desesperada. Fico me perguntando se o tal olhar não é de pena.
Deus descansou no sétimo dia, mas a encalhada só poderá fazer isso no oitavo. Antes, o negócio é organizar uma festa com todos os alvos presentes e mais alguns coitados. Em outras palavras, uma orgia. Acredito que o único problema vai ser ela ter tempo pra atirar em todos os alvos. O destaque vai para Hoje será o momento em os homens começarão a aparecer, as ligações, uma visita, um e-mail, mas algo deve acontecer. Lógico. Algo como cair um meteoro no deserto do Arizona, a morte do Papa ou mesmo um torcicolo. Tudo pode acontecer. A encalhada deve manter a esperança.
9º dia: Bem, agora que esse peixe caiu na sua rede começa o trabalho mais difícil: deixá-lo apaixonado. Essa frase me deixou com a impressão que eu pulei alguma parte da leitura. "Esse peixe" qual? Como eu quero ajudar, dou uma dica à encalhada: vá até a peixaria mais próxima e escolha o peixe menos fedido.
A partir daí, a esquizofrenia de quem escreveu essas dicas come solta e descaradamente. Lá no décimo oitavo dia, cita o beijo e em seguida um "já era hora!". Tipo, "eu escrevi essas dicas, mas tava errado, esse beijo já era pra ter saído, desculpaê". Soberbo.
Vigésimo dia e a autora manda um faça com que a relação vá adiante, como se não importasse o fato de a encalhada não ter a menor idéia de como fazer isso. Uma pena ter perdido a honestidade justo nesse momento. Podia ter escrito "Se vira nos 30, fia".
Até o título da matéria é deprimente. Ficara melhor se fosse "Tática suicida", "Conto de fadas do inferno" ou "Pegadinha do Mallandro".
Só quero saber quem seguiria essas dicas aí. Sabe como é, quero passar bem longe da cidadã.
E lá tá ela na internet, buscando o famoso chinelo velho para o pé cansado, no chat do Terra. E eis que ela se depara com a solução para os todos os problemas do seu universo: o manual da tiazona desesperada.
Essa sessão do Terra, por sinal, é um dos melhores sites humorísticos da internet, desbancando outros como o HumorTadela, o Charges e até mesmo o Assustador. Quem ler esta matéria, com o implícito título de "sou jornalista e tomei um colossal pé na bunda há meia hora", verá que eu não estou exagerando.
Mas voltemos ao manual da quarentona encalhada.
1º dia: O mundo precisa saber que você está à procura. Avise suas amigas para que elas te apresentem amigos, primos, irmãos. Faça com que elas saibam da sua vontade. (...)
Em outras palavras, "espalhe seu desespero por toda a galáxia" ou "anuncie em horário nobre da Rede Globo". O texto ainda sugere que a desesperada pratique "caras que te deixem sexy". Ou seja, sugere que a criatura treine pra fazer em 24 horas o que não conseguiu em quase meio século de vida.
2º dia: Saia com duas amigas ou se tiver coragem faça isso sozinha.
Uma coisa é de se elogiar: a forma sutil e educada para dizer "você não tem amigas e deve sair sozinha". Se as cãimbras faciais não estiverem atrapalhando muito, aquelas caras e bocas que não saíram em meio século de vida devem ser utilizadas agora, após algumas horas de treinamento. Em outras palavras, a metralhadora giratória já está em ação, à procura da primeira vítima. No dia seguinte, a metralhadora giratória deve ser levada à outros lugares, devendo atingir no mínimo 1 coitado. Ele deve ser submetido à tortura logo na noite seguinte.
4º dia: Graças à Internet, hoje existem muitas formas de entrar em contato com as pessoas. Procure descobrir algo sobre aquele homem que tanto lhe chamou a atenção na universidade e escreva-lhe um e-mail, talvez ele esteja solteiro e vocês possam sair para bater um papo. Funcionará perfeitamente. Se o tal cara que chamava a atenção for aquele nerd que fez um trabalho com a desesperada no primeiro semestre, o que ele mesmo tomou a consciência de definir como "o mais perto que cheguei de uma mulher".
O quinto dia cita um retorno à academia, pra falar com o pobre alvo. Isto é, se o cara tiver coragem de voltar à academia depois de ver a desesperada lhe lançando olhares tão sensuais quanto o ataque de um crocodilo faminto. E, no dia seguinte, é citado um tal executivo que lança olhares à desesperada. Fico me perguntando se o tal olhar não é de pena.
Deus descansou no sétimo dia, mas a encalhada só poderá fazer isso no oitavo. Antes, o negócio é organizar uma festa com todos os alvos presentes e mais alguns coitados. Em outras palavras, uma orgia. Acredito que o único problema vai ser ela ter tempo pra atirar em todos os alvos. O destaque vai para Hoje será o momento em os homens começarão a aparecer, as ligações, uma visita, um e-mail, mas algo deve acontecer. Lógico. Algo como cair um meteoro no deserto do Arizona, a morte do Papa ou mesmo um torcicolo. Tudo pode acontecer. A encalhada deve manter a esperança.
9º dia: Bem, agora que esse peixe caiu na sua rede começa o trabalho mais difícil: deixá-lo apaixonado. Essa frase me deixou com a impressão que eu pulei alguma parte da leitura. "Esse peixe" qual? Como eu quero ajudar, dou uma dica à encalhada: vá até a peixaria mais próxima e escolha o peixe menos fedido.
A partir daí, a esquizofrenia de quem escreveu essas dicas come solta e descaradamente. Lá no décimo oitavo dia, cita o beijo e em seguida um "já era hora!". Tipo, "eu escrevi essas dicas, mas tava errado, esse beijo já era pra ter saído, desculpaê". Soberbo.
Vigésimo dia e a autora manda um faça com que a relação vá adiante, como se não importasse o fato de a encalhada não ter a menor idéia de como fazer isso. Uma pena ter perdido a honestidade justo nesse momento. Podia ter escrito "Se vira nos 30, fia".
Até o título da matéria é deprimente. Ficara melhor se fosse "Tática suicida", "Conto de fadas do inferno" ou "Pegadinha do Mallandro".
Só quero saber quem seguiria essas dicas aí. Sabe como é, quero passar bem longe da cidadã.
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quarta-feira, 16 de abril de 2008
- Alô.
- Alô, quem fala?
- É Egídio.
Aí, pra variar, não queriam falar comigo, mas com a minha mãe. É lógico.
- Ela não gostaria. Quem está?
No momento, eu achei estranho. "Tem algo errado", pensei. E comecei a repetir a frase pra mim mesmo. E continuava pensando que havia algo errado.
- Oi?
- Opa.
- Quem fala?
Só não pensei em perguntar se a criatura era surda porque eu tava ocupado, repetindo em silêncio pra mim mesmo a frase que eu havia dito.
Ela não gostaria. Tipo, ela não gostaria de falar contigo. Quem está? Tipo, quero saber quem quer falar com ela. ALAPUTAMERDA.
- PUTA MERDA. É que ela não está! Quem gost...
- Ok, eu ligo depois.
O que eu quero dizer com esse texto é bastante claro: Alexander Graham Bell é um grandessíssimo filho da puta e devia ter enfiado no seu respectivo fiofó a sua companhia telefônica Bell.
- Alô, quem fala?
- É Egídio.
Aí, pra variar, não queriam falar comigo, mas com a minha mãe. É lógico.
- Ela não gostaria. Quem está?
No momento, eu achei estranho. "Tem algo errado", pensei. E comecei a repetir a frase pra mim mesmo. E continuava pensando que havia algo errado.
- Oi?
- Opa.
- Quem fala?
Só não pensei em perguntar se a criatura era surda porque eu tava ocupado, repetindo em silêncio pra mim mesmo a frase que eu havia dito.
Ela não gostaria. Tipo, ela não gostaria de falar contigo. Quem está? Tipo, quero saber quem quer falar com ela. ALAPUTAMERDA.
- PUTA MERDA. É que ela não está! Quem gost...
- Ok, eu ligo depois.
O que eu quero dizer com esse texto é bastante claro: Alexander Graham Bell é um grandessíssimo filho da puta e devia ter enfiado no seu respectivo fiofó a sua companhia telefônica Bell.
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sábado, 12 de abril de 2008
Apocalipse animado
Sobre programas de tv: "Desenhos em geral. Em geral umas pivica, curto desenhos idiotas e bem infantis mesmo". Tá lá no meu perfil orkútico, pra quem quiser ver. É quando eu admito, na maior cara de pau, que sou um infantilóide de barba.
A minha definição de "desenhos idiotas e bem infantis" é a seguinte: um personagem persegue outro e, invariavelmente, se estrepa com maestria. Um roteiro simples, direto e absolutamente infalível. Exemplos: Tom & Jerry, Papaléguas e Esquadrilha Abutre.
(Aliás, cabe um parêntese: certa vez eu vi uma tradução onde o Coyote do Papaléguas tinha virado "Lobobão". Quero dizer que essa foi a tradução mais loucamente imbecil que eu já vi. Obrigado.)
É lógico que eu gosto de desenhos mais elaborados. He-Man (a She-Ra e a Teela eram bem gostosinhas) e ThunderCats, por exemplo. Simpsons, pra mim, é o máximo de elaboração que um roteiro deve chegar. Mais do que isso já vira filme cult europeu.
A maioria desses desenhos saíram de cena e deram lugar a outros de gosto, no mínimo, duvidoso. De início eu não me importei muito: A Vaca e o Frango, Eu Sou o Máximo, Du, Dudu e Edu eram aceitáveis, a despeito de lembrarem muito meus trabalhinhos artísticos do pré-primário. Teve uma vez que me bateu uma depressão desgraçada por isso, aliás. Perdi uma grana e tanto por não ter lançado nenhuma animação com aqueles trabalhinhos que a professora, bondosamente, assinava com um "regular". Se ela pudesse ser sincera com crianças de 5 anos, ela escreveria "Cacete, já pensou em decepar as mãos, querido?".
Mas, a bem da verdade, quando uma esponja de banheiro resolve habitar o fundo do mar, vestir calças quadradas e se relacionar com siris e lulas, alguma coisa tá errada. Dizem que a junção de um roteiro desses com aqueles desenhos tosquíssimos foi prevista no Evangelho de São Disney como parte do apocalipse, mas essa informação foi brutalmente censurada pela Igreja. Tal qual o resto do dito evangelho, por sinal. Egídio também é cultura.
Conferindo os desenhos atuais, pude constatar essa idéia. Em um trabalho árduo, pesquisei aqui e ali e, com a autoridade em desenhos que nunca me foi concebida, identifiquei e elegi os cavaleiros do apocalipse. Ei-los:
As terríveis aventuras de Billy e Mandy
Sinopse: "A história se inicia quando Puro-Osso entra na casa de Billy para ceifar a alma de seu hamster, mas Mandy não deixa, e desafia Puro-Osso a um jogo de limbo, se Billy e Mandy ganhasse, ficaria com o hamster e Puro-Osso seria amigo deles para sempre, se Puro-Osso ganhasse ficaria com o hamster. Billy e Mandy vencem um desafio no Reino do Limbo contra o representante da morte, Puro Osso."
Se isso não é a imagem do apocalipse, eu não sei mais o que é. Olhar a abertura do desenho foi uma tarefa hercúlea da minha parte. Trata-se do tal Puro Osso - que nada mais é do que a Morte - tentando se matar. Eu fico imaginando que tipo de cocô o criador do desenho comeu e o porquê de ele não ter tentado fazer a mesma coisa que Puro Osso.
Por sinal, acabou de passar uma propaganda desse desenho. O nariz de Billy tremia loucamente e ele ria, até que ele resolve enfiar O PUNHO dentro do nariz e retirar um celular - que, vejam que brilhante idéia, estava tocando dentro do orifício nasal do personagem. Ele oferece o aparelho cheio de tatu para Puro Osso, dizendo "é pra você". Eu não sei nem o que dizer pra aloprar isso.
Mal Encarnado
Sinopse: "O desenho conta a história do maligno milionário Heitor Ado, que sempre teve como maior objetivo de conquistar o mundo. Heitor teve seu corpo destruído em uma explosão causada pelo seu arquiinimigo Comando Baks e apenas restou-lhe seu cérebro e estômago. O cérebro e a vida de Heitor foram salvos graças à um recipiente inventada por sua fiel cientista, Dra. Ruína Balística, que consiste em manter vivos cérebros humanos dentro de uma espécie de aquário com líquido especial. Desde então, usando como corpo o urso Boskov, Heitor continua incansavelmente a criar planos "atrapalhados" para a conquista mundial, com a ajuda de um numeroso exército de soldados comandados pelo General Cikatriz, que odeia Heitor Ado e quer destrui-lo."
Considero isso uma mistura de Frankstein com Pinky & Cérebro com Tartarugas Ninja. Que poderiam processar os criadores de Mal Encarnado por calúnia, difamação, roubo, furto, formação de quadrilha e homicídio sextuplamente qualificado. Ganhariam.
A Mansão Foster Para Amigos Imaginários
Sinopse: "O desenho conta a história de um menino de 8 anos chamado Mac, que foi obrigado de abandonar seu amigo imaginário porquê sua mãe já o achava que estava velho demais para ter-lo. Mac encontrou uma mansão que abrigava amigos imaginários abandonados para serem adotados novamente. A Mansão Foster é um local onde são abrigados vários amigos imaginários, que por algum motivo foram abandonados por seus criadores. Apenas uma exceção foi criada para o garoto Mac pela Madame Foster, com a obrigação de que o garoto venha visitar Bloo todos os dias, caso contrário ele será posto para a adoção."
O criador desse desenho é um prato cheio para psicólogos, psiquiatras e exorcistas. Se ele acha que uma mistura de mamute com touro bípede ou (como consta na Wikipedia) "uma mistura de coqueiro, avião e galinha que bota ovos de plástico coloridos com surpresas" pode ser o amigo imaginário de uma criança, dá pra imaginar o tipo de trauma infantil que um sujeito desses tem.
E quem já viu esse desenho há de concordar comigo: Queijo é, no mínimo, uma ofensa ao imaginário da classe infantil.
Kenny, o Tubarão
Sinopse: "Esta série de desenho animado apresenta Kenny, um tubarão que abandona as águas do oceano para investigar como é a vida em terra e se torna o mascote de Kat, uma menina de 9 anos que o leva para morar na sua casa."
Esse é o complemento da imagem do apocalipse: um tubarão saindo da água pra viver na terra. É tão insanamente ruim que eu prefiro acreditar em "excesso de liberdade poética" por parte do criador do desenho. Se ele foi inspirado no Tutubarão, eu não sei. Sei que só falta o Kenny voltar pra água e bradar "pessoas são amigas, não comida!" aos habitantes marítimos.
Eu poderia dizer também que eu não acompanhei a evolução do termo "desenhos idiotas e bem infantis", mas isso não dá um texto tão grande. O fato é que não se fazem mais desenhos imbecis como antigamente, o que faz com que eu me sinta um velho porco e saudosista falando assim.
E eu acabo de perceber que um porco velho e saudosista dá um ótimo personagem de desenho animado. Dá licença.
A minha definição de "desenhos idiotas e bem infantis" é a seguinte: um personagem persegue outro e, invariavelmente, se estrepa com maestria. Um roteiro simples, direto e absolutamente infalível. Exemplos: Tom & Jerry, Papaléguas e Esquadrilha Abutre.
(Aliás, cabe um parêntese: certa vez eu vi uma tradução onde o Coyote do Papaléguas tinha virado "Lobobão". Quero dizer que essa foi a tradução mais loucamente imbecil que eu já vi. Obrigado.)
É lógico que eu gosto de desenhos mais elaborados. He-Man (a She-Ra e a Teela eram bem gostosinhas) e ThunderCats, por exemplo. Simpsons, pra mim, é o máximo de elaboração que um roteiro deve chegar. Mais do que isso já vira filme cult europeu.
A maioria desses desenhos saíram de cena e deram lugar a outros de gosto, no mínimo, duvidoso. De início eu não me importei muito: A Vaca e o Frango, Eu Sou o Máximo, Du, Dudu e Edu eram aceitáveis, a despeito de lembrarem muito meus trabalhinhos artísticos do pré-primário. Teve uma vez que me bateu uma depressão desgraçada por isso, aliás. Perdi uma grana e tanto por não ter lançado nenhuma animação com aqueles trabalhinhos que a professora, bondosamente, assinava com um "regular". Se ela pudesse ser sincera com crianças de 5 anos, ela escreveria "Cacete, já pensou em decepar as mãos, querido?".
Mas, a bem da verdade, quando uma esponja de banheiro resolve habitar o fundo do mar, vestir calças quadradas e se relacionar com siris e lulas, alguma coisa tá errada. Dizem que a junção de um roteiro desses com aqueles desenhos tosquíssimos foi prevista no Evangelho de São Disney como parte do apocalipse, mas essa informação foi brutalmente censurada pela Igreja. Tal qual o resto do dito evangelho, por sinal. Egídio também é cultura.
Conferindo os desenhos atuais, pude constatar essa idéia. Em um trabalho árduo, pesquisei aqui e ali e, com a autoridade em desenhos que nunca me foi concebida, identifiquei e elegi os cavaleiros do apocalipse. Ei-los:
As terríveis aventuras de Billy e Mandy
Sinopse: "A história se inicia quando Puro-Osso entra na casa de Billy para ceifar a alma de seu hamster, mas Mandy não deixa, e desafia Puro-Osso a um jogo de limbo, se Billy e Mandy ganhasse, ficaria com o hamster e Puro-Osso seria amigo deles para sempre, se Puro-Osso ganhasse ficaria com o hamster. Billy e Mandy vencem um desafio no Reino do Limbo contra o representante da morte, Puro Osso."
Se isso não é a imagem do apocalipse, eu não sei mais o que é. Olhar a abertura do desenho foi uma tarefa hercúlea da minha parte. Trata-se do tal Puro Osso - que nada mais é do que a Morte - tentando se matar. Eu fico imaginando que tipo de cocô o criador do desenho comeu e o porquê de ele não ter tentado fazer a mesma coisa que Puro Osso.
Por sinal, acabou de passar uma propaganda desse desenho. O nariz de Billy tremia loucamente e ele ria, até que ele resolve enfiar O PUNHO dentro do nariz e retirar um celular - que, vejam que brilhante idéia, estava tocando dentro do orifício nasal do personagem. Ele oferece o aparelho cheio de tatu para Puro Osso, dizendo "é pra você". Eu não sei nem o que dizer pra aloprar isso.
Mal Encarnado
Sinopse: "O desenho conta a história do maligno milionário Heitor Ado, que sempre teve como maior objetivo de conquistar o mundo. Heitor teve seu corpo destruído em uma explosão causada pelo seu arquiinimigo Comando Baks e apenas restou-lhe seu cérebro e estômago. O cérebro e a vida de Heitor foram salvos graças à um recipiente inventada por sua fiel cientista, Dra. Ruína Balística, que consiste em manter vivos cérebros humanos dentro de uma espécie de aquário com líquido especial. Desde então, usando como corpo o urso Boskov, Heitor continua incansavelmente a criar planos "atrapalhados" para a conquista mundial, com a ajuda de um numeroso exército de soldados comandados pelo General Cikatriz, que odeia Heitor Ado e quer destrui-lo."
Considero isso uma mistura de Frankstein com Pinky & Cérebro com Tartarugas Ninja. Que poderiam processar os criadores de Mal Encarnado por calúnia, difamação, roubo, furto, formação de quadrilha e homicídio sextuplamente qualificado. Ganhariam.
A Mansão Foster Para Amigos Imaginários
Sinopse: "O desenho conta a história de um menino de 8 anos chamado Mac, que foi obrigado de abandonar seu amigo imaginário porquê sua mãe já o achava que estava velho demais para ter-lo. Mac encontrou uma mansão que abrigava amigos imaginários abandonados para serem adotados novamente. A Mansão Foster é um local onde são abrigados vários amigos imaginários, que por algum motivo foram abandonados por seus criadores. Apenas uma exceção foi criada para o garoto Mac pela Madame Foster, com a obrigação de que o garoto venha visitar Bloo todos os dias, caso contrário ele será posto para a adoção."
O criador desse desenho é um prato cheio para psicólogos, psiquiatras e exorcistas. Se ele acha que uma mistura de mamute com touro bípede ou (como consta na Wikipedia) "uma mistura de coqueiro, avião e galinha que bota ovos de plástico coloridos com surpresas" pode ser o amigo imaginário de uma criança, dá pra imaginar o tipo de trauma infantil que um sujeito desses tem.
E quem já viu esse desenho há de concordar comigo: Queijo é, no mínimo, uma ofensa ao imaginário da classe infantil.
Kenny, o Tubarão
Sinopse: "Esta série de desenho animado apresenta Kenny, um tubarão que abandona as águas do oceano para investigar como é a vida em terra e se torna o mascote de Kat, uma menina de 9 anos que o leva para morar na sua casa."
Esse é o complemento da imagem do apocalipse: um tubarão saindo da água pra viver na terra. É tão insanamente ruim que eu prefiro acreditar em "excesso de liberdade poética" por parte do criador do desenho. Se ele foi inspirado no Tutubarão, eu não sei. Sei que só falta o Kenny voltar pra água e bradar "pessoas são amigas, não comida!" aos habitantes marítimos.
Eu poderia dizer também que eu não acompanhei a evolução do termo "desenhos idiotas e bem infantis", mas isso não dá um texto tão grande. O fato é que não se fazem mais desenhos imbecis como antigamente, o que faz com que eu me sinta um velho porco e saudosista falando assim.
E eu acabo de perceber que um porco velho e saudosista dá um ótimo personagem de desenho animado. Dá licença.
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sexta-feira, 11 de abril de 2008
Casa nova
Sabe quando é que a gente percebe que é uma desgraça viva nesses negócios de HTML, layout e tudo o mais?
É simples: basta usar o Blogger.com, que passa a hospedar o meu besteirol a partir de hoje.
Pra criar um blog ajeitadinho (modéstia à parte, esse aqui ninguém vai ter vergonha de apresentar pra mamãe) basta clicar aqui, arrastar ali, selecionar acolá e pronto. Até dá pra se achar um craque e sonhar com um emprego no Google.
Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, é lógico que eu me perdi. Em um dado momento a página foi "travada", de tantas vezes que eu executei a mesma ação que, logicamente, não estava funcionando. Vá saber por quê. Só porque era eu, provavelmente.
Mas tá aí. Depois de levar um laço federal, meu blog agora passa a ser este. Para alegria de todos e felicidade geral da nação, esse blog contém RSS Feed. Ou tecnologia equivalente, porque eu sinceramente não sei como chamar essa porcaria. Então, pra vocês que usam essa modernidade, basta clicar naquela figurinha laranja-amarelada esquisita que tem ali no cantinho da barra de endereços. Se vocês não entenderam, vão entender agora. Até eu "entendi".
A partir de agora, é por aqui que vocês lerão o que eu descaradamente chamo de texto. Alguns novos, outros antigos, porém recauchutados. Porque recordar é viver, ainda mais se a recordação for enxuta e não passar a impressão de senilidade.
Com feeds, aparentemente sem erros, bonito, cheiroso, sabe cozinhar e toma banho todos os dias. Tá esperando o que?! Bora atualizar os links de vocês, cambada!
É simples: basta usar o Blogger.com, que passa a hospedar o meu besteirol a partir de hoje.
Pra criar um blog ajeitadinho (modéstia à parte, esse aqui ninguém vai ter vergonha de apresentar pra mamãe) basta clicar aqui, arrastar ali, selecionar acolá e pronto. Até dá pra se achar um craque e sonhar com um emprego no Google.
Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, é lógico que eu me perdi. Em um dado momento a página foi "travada", de tantas vezes que eu executei a mesma ação que, logicamente, não estava funcionando. Vá saber por quê. Só porque era eu, provavelmente.
Mas tá aí. Depois de levar um laço federal, meu blog agora passa a ser este. Para alegria de todos e felicidade geral da nação, esse blog contém RSS Feed. Ou tecnologia equivalente, porque eu sinceramente não sei como chamar essa porcaria. Então, pra vocês que usam essa modernidade, basta clicar naquela figurinha laranja-amarelada esquisita que tem ali no cantinho da barra de endereços. Se vocês não entenderam, vão entender agora. Até eu "entendi".
A partir de agora, é por aqui que vocês lerão o que eu descaradamente chamo de texto. Alguns novos, outros antigos, porém recauchutados. Porque recordar é viver, ainda mais se a recordação for enxuta e não passar a impressão de senilidade.
Com feeds, aparentemente sem erros, bonito, cheiroso, sabe cozinhar e toma banho todos os dias. Tá esperando o que?! Bora atualizar os links de vocês, cambada!
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