sábado, 26 de setembro de 2009

Freud não explica

Não é novidade pra ninguém que eu não sou muito fã de Sigmund Freud. Não que eu seja um profundo conhecedor das suas ideias, mas um cara que se entope de rapé e cocaína e sai dizendo que tal problema deriva de falta de sexo, além de uma incomensurável vontade de matar o pai para traçar a mãe, não merece muito a minha consideração.

No entanto eu tenho muita curiosidade em saber como ele avaliaria meus sonhos. Já contei por aqui que eu tenho os sonhos mais incompreensíveis e doidos do mundo. Por exemplo, um sonho recorrente que eu tenho é com escadas. Para poupar tempo, eu não desço da forma convencional - degrau por degrau - mas sim escorregando. Com os calcanhares. Como se eu esquiasse. Eu também não entendo.

Outro sonho bastante recorrente é que eu sou um fumante viciadíssimo. O mais bacana desse sonho é que, quando eu acordo, estou com um gosto terrível na boca - como se tivesse mastigado um tapete sujo. Tudo isso a despeito da minha aversão a cigarros.

(E não que eu já tenha provado um tapete sujo, mas a minha imaginação é tão fértil que eu quase consigo visualizar o sabor, a despeito de que sentir sabor é uma tarefa do paladar e não da visão.)

Mas ultimamente meus sonhos são com animais de estimação não muito convencionais. Há um tempo atrás sonhei que ia à uma reunião de amigos internéticos e o dono da casa tinha dois simpáticos animais: um TIGRE e um LEÃO. O leão não era muito amigável e ficava isolado no pátio. O dono do bicho explicava que ele ficaria assim até que se comportasse.

Já o tigre, ah, esse era um brincalhão. No exato instante que pisei na casa, o afável animal resolveu que eu, oriundo de uma cidade onde cães de rua vagueiam livremente como vacas em Bombaim, era o melhor amigo dele no mundo inteiro - uma relação semelhante a do He-Man com o Gato Guerreiro, eu diria.

Sendo eu o melhor amigo do bicho, ele resolveu brincar comigo e logicamente eu saía todo machucado. Isso torna o sonho completamente realista: um tigre dócil e domesticado é uma ideia completamente plausível, mas vocês já pensaram o que acontece se um felino de 300 quilos acha que pular em ti e morder a tua mão é uma brincadeira saudável?

No sonho mais recente, eu era dono de um urso. Mas não era um urso qualquer: era uma cruza entre urso pardo e urso panda. A cor dele era bem bonita, de modo que eu aproveito para cagar na cabeça daqueles que acham que humanos só sonham em preto e branco.

Enfim, meu urso já era adulto e muito, mas muito manso. Só que ele era tão grande que eu me borrava de medo de irritar o bicho, de modo que ele só andava de coleira. Não sei bem o que uma coleira pode fazer contra um urso de 400 quilos - ainda mais manso -, mas a coleira estava lá.

Mas o mais bizarro animal de estimação que sonhei foi um poodle. Seu nome era Adriano - em homenagem ao atacante do Flamengo - e ele não era lá muito sociável. Eu diria que, se ele lutasse contra o George Foreman, ganharia por nocaute e ainda roubaria os direitos autorais do George Foreman Grill.

Percebam: nos meus sonhos, um poodle é muito mais violento e anti-social que um leão, um tigre ou mesmo uma cruza de urso panda com urso pardo. Acho que, se Freud parasse para analisar meus sonhos, morreria com um derrame cerebral.

Não sei se me trato, se jogo no bicho ou se paro de assistir Animal Planet.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Propaganda de luta

Às vezes eu me dou conta que algumas propagandas são incompletas e dão margens a várias interpretações.

Por exemplo: ontem à tarde eu ouvi na Atlântida a propaganda de um evento de Vale-Tudo - a luta, e não a música do Tim Maia ou a antiga novela global. Então anunciaram os lutadores: Xuxa contra Falcão.

Perceberam como está incompleta? Isso me deu margem a várias interpretações.













E, se vale tudo mesmo, como seria essa luta?

Xuxa nadaria 100 metros em 22 segundos. Falcão responde: homem é homem, menino é menino, macaco é macaco e viado é viado. E desfere outro golpe, já que faltou luz mas era dia e o sol invadiu a sala.

Cambaleante, Xuxa contra-ataca dizendo que vai pintar um arco-íris de energia, afinal, ilariê. Falcão retruca que não gosta da postura do Palmeiras em campo e acha que o time precisa usar mais as laterais, invertendo jogadas, se quiser chegar no gol e não me deixar sentado na poltrona em um dia de domingo.

Empate técnico?

É sério, essas propagandas precisam ser mais completas e informativas.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

R.I.P. Patrick Swayze

E morreu Patrick Swayze, o ator que me fez ter uma inveja dos diabos por ter dado uns catas legais na Demi Moore, enquanto ela estava fazendo um vaso de barro - ou argila, sei lá que negócio era aquele.

Não somente pela Demi Moore ser uma gostosa sem limites (o que eu só descobri de verdade quando ela fez Strip-Tease), mas porque, apesar de todo o barro daquela cena, ninguém saiu sujo.

E, ok, eu sei que ele tava com câncer no pâncreas, que foram as 5 semanas de vida mais longas do mundo e que talvez ele dê uma entrevista coletiva através de Whoopi Goldberg. O que eu não entendi é se o Terra acha que ele fez parte dos bailarinos de Thriller ou se ele fez a moonwalk em Dirty Dancing - Ritmo quente.



[UPDATE] - O Terra disponibilizou um link para enviar mensagens a Patrick Swayze.

Não se preocupem. Whoopi Goldberg garante que o próprio Patrick Swayze lerá todas as mensagens. E responderá depois que ele encontrar o fantasma do trem.


Get off my train!