quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Uma morta muito viva

O título deste post é de fazer inveja a filme da Sessão da Tarde, mas o fato é que uma vendedora de Joinville precisa provar que não morreu. Pela segunda vez.

Se errar é humano, insistir no erro é burrice. E já pensaram se há assassinos de aluguel envolvidos?

- Quero ela morta.
- Deixa comigo. Pode ir encomendando a papelada. Eu garanto o serviço.

Dias depois:

- Você não tinha matado ela?
- E matei.
- Mas ela tá viva.
- Viva?
- E precisando provar que não morreu.
- Mas que coisa!
- E agora?
- Deixa comigo. Dessa vez não passa, patrão.
- Vê lá, hein. Vou encomendar a papelada.
- Vai na fé. Dessa vez não passa.

Dias depois:

- E aquele serviço?
- Tá feito. Não erro duas vezes.
- Não? Tem certeza?
- Absoluta.
- Animal. Ela tá viva.
- Como?
- E precisando provar que continua viva. Olha aqui.
- Ah não! Agora me irritei! Dessa vez eu...
- Cala a boca. Esquece. Desisti. Não precisa mais.
- Mas...
- Cala a boca. Incompetente.
- E eu lá tenho culpa dela ser o Bruce Willis de saia, patrão?

Cerca de 15 ou 60 anos depois:

- Ei patrão, lembra da Juliana?
- Lembro.
- Pois então. Morreu.
- Ah tá.
- Sério, morreu. E não fui eu.
- Claro que não. Incompetente.
- Mas é sério. Morreu de verdade.
- Vá se foder.