segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Tá na marca fatal

Talvez vocês não saibam, mas na minha juventude futebolística eu era alguém equivalente ao David Beckham. Cobrava no máximo duas faltas por jogo e fazia todo mundo acreditar que eu era craque. A diferença é que, ao contrário do Beckham, eu nunca fui exatamente bonito ou rico casado com algo que sobrou das Spice Girls.

Os caminhos da vida me afastaram dos campos e me colocaram na condição de ex-futuro craque, coisa bastante comum no Brasil. Qualquer comentarista de futebol é um ex-futuro craque: entende pra dedéu do esporte e sempre faria melhor do que um jogador profissional, mesmo que a barriga denuncie que o cara sempre foi uma desgraça esportiva completa.

Como um comentarista ex-futuro craque, seguidamente eu paro pra pensar bobagens. Tipo, vocês já pararam pra pensar o que aconteceria se o Maradona ainda estivesse na ativa? Seguidamente eu paro pra pensar nisso. Até parece que eu não tenho mais o que fazer.

Maradona é a personificação da polêmica. E eu penso que, se ele estivesse na ativa, conseguiria ser ainda mais polêmico.

Uns dizem que o Maradona foi um dos melhores jogadores da história. Eu discordo, em parte. Na minha opinião, ele corria incansavelmente atrás de uma branca - que era a bola. Lá pelas tantas parava de correr, chutava a tal branca - que era a bola - e dizia "Quer saber? Eu nem queria te usar mesmo."

Don Diego se juntaria à outra polêmica atual: parar. Não estou falando da branca - que era a bola -, seja lá qual for o sentido que vocês deram pra esse termo. Falo da hora da cobrança do pênalti.

O pênalti é um momento mágico do futebol. Diz o velho ditado que "é tão importante que deveria ser batido pelo presidente do clube", de onde se deduz que, em caso de jogos entre seleções nacionais, o pênalti deveria ser batido pelo presidente do país. E aí teríamos um cardápio de grandes batedores de pênalti: Lula, Hugo Chávez, Bush, Evo Morales, Nicolas Sarkozy... será que Maradona deixaria Cristina Kirchner bater uma penalidade?

Pênalti glorifica heróis, cria mitos e vilões. Foi de pênalti que Pelé marcou seu milésimo gol, do mesmo jeito que Romário marcou o seu centésimo tento, ao qual ele acrescentou um zero e chamou-o de "milésimo gol". E foi por causa daquele inesquecível pênalti de Roberto Baggio que Galvão Bueno criou o bordão-berrão "É tetra" e se transformou na mala mística que é.

Pênalti é praticamente uma arte. Porque há diversas formas artísticas de se cobrar um pênalti. A minha preferida é aquela onde o jogador corre de um jeito que a gente pensa que ele vai dar uma paulada, mas ele dá um mísero e humilhante toquezinho. Há também a paradinha, imortalizada pelo já citado Pelé.

Mas, como qualquer outra arte, o pênalti também tem seus hereges. Atualmente, os jogadores fingem que chutam para que o goleiro caia para um lado e, assim, batem no outro. Eu chego a torcer para que esses jogadores quebrem o pé na hora da cobrança, mas isso nunca acontece.

Dizem que isso é uma paradinha, mas não é. Isso é uma canceladinha. Isso é coisa de quem não domina a arte de cobrar pênaltis. Até Martin Palermo faria gol com canceladinha. E olha que, se pênalti fosse religião, Palermo poderia ser queimado em praça pública.

Estou pra dizer que até Cristina Kirchner acertaria um pênalti com canceladinha em um Brasil x Argentina.

Isso se o Maradona deixasse, claro.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Dica para a vida

Dizem que errar é humano. Mas insistir no erro é burrice. Escrevo este texto para que vocês, nobres leitores, não continuem cometendo o erro que cometi por mais de 20 anos.

De minha parte, eu culpo essa sociedade hipócrita, individualista, capitalista e, enfim, todos esses clichês que socialistas ultra-radicais vociferam após ler 2 parágrafos de um texto de Karl Marx e ter a patética certeza de que estão prontos para mudarem o universo. É um clichê, mas é um clichê metido a sabichão, não acham?

É, eu também não. Mas como diz o ditado, "se a culpa é minha, eu posso jogá-la em quem eu quiser". Belas palavras, Homer Simpson.

Enfim, não quero que aconteçam com vocês o que aconteceu comigo. Como eu dizia, eu culpo o universo inteiro por jamais terem me recomendado Dire Straits. São mais de 20 anos sem prestar atenção nessa banda, vocês acreditam?



Eu sei que vocês já ouviram Dire Straits. Não venham com "não tenho certeza disso, baixinho". Sultans Of Swing, Money For Nothing, Walk Of Life e Your Latest Trick já passaram pelos ouvidos de vocês, podem ter certeza. Sabem aquelas músicas que bastam 2 segundos ouvindo os acordes pra berrar "PORRA, EU LEMBRO DISSO!"? Então.

Mas Dire Straits é muito mais que isso. Dire Straits é uma dessas bandas britânicas que têm vergonha da atual cena do rock daquele país, onde o Oasis é inexplicavelmente cultuado. Os caras surgiram pro mundo em 1977 e no ano seguinte lançaram o soberbo álbum auto-intitulado. E aí foi só alegria.


Olha aí a capa da belezinha


Pouco mais de 5 anos depois, eu nasci. Que alegria! Menos de 2 anos depois do meu nascimento, o insanamente soberbo "Brothers In Arms" foi lançado.



Percebam que a minha chegada a este mundo se confunde com a vida desta banda. Logo, não há explicações plausíveis para que apenas em 2008 eu passasse a dar a devida atenção auditiva à guitarra de Mark Knopfler. Espero que vocês tenham entendido o porquê de eu colocar a culpa nos outros. Não sejam como eu, crianças.



E se esse vídeo ao vivo de Brothers In Arms, com 08 minutos e 13 segundos de duração, não lhes arrepia a alma, comecem a se preocupar.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Quando a vida imita a arte

Carteiro esconde mais de 20 mil cartas na Alemanha

Um escocês que trabalhava como carteiro na cidade de Frankfurt, na Alemanha, pode ser processado por ter deixado de entregar cerca de 20 mil cartas, informaram fontes policiais.


É que... eu quero evitar a fadiga...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Casamentos famosos

Pelo visto maio deixou de ser o mês das noivas e passou a bola para setembro. Nesse mês se tornou oficial: o time de casados daquele futebolzinho do fim de semana acaba de ganhar o reforço de Juliana Paes e Sandy - sem Júnior. Parece que o próximo passo da cantora é ter filhos. E claro, declarar que continua virgem.

Esses casamentos têm vários componentes intrigantes. Por exemplo, enquanto os mortais esperam o sábado sem expediente no trabalho para casar, famosos casam em dia de semana. Juliana Paes escolheu uma terça-feira e livrou os convidados de ficarem em casa vendo Casseta & Planeta, enquanto Sandy escolheu uma sexta-feira e deixou seus convidados sem verem o Globo Repórter com a pororoca da semana.

Outra coisa bacana de ver nesses casamentos famosos é a educação de todos os envolvidos. Não basta pedir que os convidados não tirem fotos. Tem que contratar uma equipe de segurança que encarne um espírito de polícia rodoviária federal e reviste todos os bolsos, bolsas, porta-luvas e porta-malas em busca de um aparelho que sirva para tirar fotos. É uma disputa ferrenha para ganhar o prêmio "Inconveniência do Casório": de um lado, convidados loucos para fazerem um dinheiro e uma média com revistas como "Contigo!" e "Tititi"; de outro, anfitriões querendo mostrar qual casamento proíbe mais.

Mas o que mais me intriga nos matrimônios dos famosos é a lista de presentes. Acho que essa é uma regra sem exceção: se há um casamento de famoso, o que mais me intrigará será a lista de presentes. Eu lembro de um casamento do Roberto Justus, o terceiro dele naquela semana: na lista de presentes constava uma garrafa térmica de 2 mil reais. As garrafas térmicas que eu já comprei custam no máximo 40 reais, e admito, são umas tremendas porcarias. Mas mesmo assim, o mínimo que eu exijo de uma garrafa térmica de 2 mil reais é que ela aqueça e esfrie a água em 2 segundos por um comando de voz. "Térmica, aquece a água". "Térmica, esfria a água".

Li que a Juliana Paes não fez muitas exigências exorbitantes em relação aos presentes. Quase achei que ela é humilde, mas esse pensamento se escafedeu da minha cabeça quando vi que na lista de presentes do seu casamento consta um conjunto de 12 sousplats, que nada mais é do que um prato que fica embaixo do prato que a gente come. Bizarro né? A criatura vai comer em um prato e deixar um segundo prato embaixo de tudo. Tem louco pra tudo.

Principalmente pra pagar R$ 4.788 numa demência dessas. É, teve alguém que comprou isso pra ela. Instantaneamente eu pensei naquelas esposas que ganham carros de luxo de homens que esperam obter alguns favores em troca e... enfim.

A lista também inclui um espremedor de laranja de R$ 1.025,90. O que um espremedor de laranja desses faz? Adoça o suco sozinho? Planta a semente, cuida da laranjeira e colhe o fruto sem precisar da ajuda humana? E o que dizer de um balde de gelo inox no valor de R$ 255,90? Nada, mas eis uma dica: Juliana, uma caixa de isopor custa uns 20 pila.

Sandy Virgem e Lucas Lima não deixaram pra menos na sua lista de presentes. Incluíram um abridor de latas no valor de R$ 81,90. Além de abrir a lata automaticamente, esse abridor deve arremessar a lata direto no lixo. Tem também um liquidificador de mais de 500 reais, que deve vir com lâminas da espada Hanzo do Kill Bill. Deve picotar até pensamento. Essa lista de presentes é tão avacalhada que não se sabe se o item mais caro custa 17 mil ou 4 mil reais. O item em questão é um faqueiro, mas não é um faqueiro qualquer: é um faqueiro de prata.

Comer com talheres de prata deve dar um brilho especial aos dentes, além de não prejudicar as cordas vocais - o que é bastante importante para um casal de cantores.

A todas essas eu agradeço não ter sido convidado para esses casórios. Não iam me deixar entrar com uma câmera fotográfica, que eu usaria pra tirar fotos e extorquir revistas de fofocas.

Sem uma câmera eu mal teria dinheiro pro táxi. Que dirá pra um presente pros pombinhos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Informações umbiguistas

Só pra vocês ficarem informados, este que vos escreve agora também é colunista/colaborador do blog Amigos de Pelotas. Todas as quintas-feiras vai ter texto meu por lá. A coluna se chama "Olho de lince", o que eu achei muito engraçado, por sinal.

Minha estréia oficial foi semana passada com esse texto, onde eu analiso os últimos acontecimentos da Universidade Federal de Pelotas com muito carinho. Bem, um carinho do meu jeito, né?

Hoje já tem outro texto, publicado com um atraso louco de bacana, e é sobre inteligência e afrodisia, coisas que não têm a menor relação uma com a outra, como todo mundo sabe.

Pra quem não acompanha o Amigos de Pelotas, eu já tinha textos publicados por lá. Esse aqui vocês já conhecem, mas eu sou um jacu e não contei aqui no blog. Estou contando agora para encher lingüiça e pra esse parágrafo ficar maior.

E para aqueles que têm memória de peixe, esse texto foi o primeiro de minha autoria a ser publicado por lá. Eu já contei isso pra vocês, mas conto de novo pra fazer outro parágrafo um pouco maior.

No mais, te cuida Diogo Mainardi.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Fim do mundo

O mundo vai acabar. Dessa vez não é nenhuma previsão da Mãe Dináh, nem do Nostradamus, tampouco de ambientalistas. A previsão, dessa vez, parte de nós, meros mortais, diante de tantos termos exóticos: prótons, quarks, hádrons, megajoules e eu vou parar por aqui porque esse é um blog de família. Vejam mais aqui e aqui.

Segundo cálculos feitos com o meu nulo e bisonho talento matemático, essa é a décima oitava vez que o mundo vai acabar nos últimos 20 anos. Portanto, tenho experiência para falar que, nesses momentos, é comum pensar em o que fazer e o que não fazer durante o tempo que nos resta de vida. Uns pensam em estupro, outros em assassinato, enquanto outros têm sonhos mais modestos. Apenas xingar o vizinho lhes satisfaz.

Mal sabem que vão ter que encarar o vizinho amanhã.

Como sou um homem livre, tomei a liberdade de pensar o que aconteceria se o mundo tivesse acabado agora há pouco, coisa de uns 15 ou 20 minutos antes de eu ter escrito esse parágrafo. Não exatamente no momento do fim do mundo, mas no que as futuras baratas arqueólogas pensariam ao encontrar os meus restos mortais.

As três baratinhas, com pós-doutorado em arqueologia em sabe-se lá qual universidade que vai existir depois do fim do mundo, confabulariam. Uma quarta baratinha, mera estagiária, apenas observa.

- E aí?
- Levando em conta a posição da ossada, creio que ele estava aguardando algo.
- Aguardando?
- Sim. Essa posição é muito serena.
- E o que seria isso?
- Papéis com desenhos. Coloridos. Muito bem conservados.
- Talvez ele estivesse lendo.
- Então passaríamos a considerar que pertence a uma civilização que sabia ler.
- Ou apenas ver as figurinhas.
- C-E-B-O-L-I-N-H-A. Anota isso. Vamos procurar nos arquivos se há alguma receita primitiva com cebolinha em conserva.
- Então isso é um primitivo livro de culinária ilustrado.
- Exatamente. Ainda assim, não dá pra descartar que ele estivesse aguardando algo.
- E isso em seu membro superior, o que é?
- É estranho, posso dizer.
- Sim.
- Bastante.
- Talvez um primitivo aparelho de comunicação.
- Um aparelho de comunicação para alguém que olhava figurinhas e aguardava algo.
- Não esqueçam que a entrada deste cubículo estava fechada.
- Lembrando disso e juntando um aparelho de comunicação, o que podemos pensar?
- Tudo! Pois somos livres para pensar e...
- Não viaja.
- Ok.
- Enclausurado e com um aparelho de comunicação. Talvez estivesse cercado por alguém e o aparelho de comunicação serviria para buscar ajuda externa.
- Brilhante! Certamente se escavarmos mais, encontraremos mais ossadas!
- Ou não. Seu antagonista pode ter fugido e abandonado-o a própria sorte.
- Não muito feliz, a meu ver. Esquecemos das figurinhas. C-E-B-O-L-I-N-H-A... E-L-A-D-O...
- Pelado?
- Talvez. Denota vulgaridade.
- Culinária vulgar. Temperariam pelados com cebolinhas?
- Um povo primitivo?
- Com a infinidade de aparelhos que observamos aqui, talvez.
- Vejam. Formas estranhas metalizadas.
- Estranhas, mas bem definidas
- Eles já dominavam o metal pelo visto.
- Há uma infinidade de objetos menores. Não só metal.
- Isso é madeira fossilizada?
- Aparentemente sim. O estranho é que possui formas bastante definidas. Pelo visto também tinham domínio de técnicas de corte.
- Eram civilizados.
- Mas vulgares. Pelados com cebolinha?
- A posição da ossada é que me é estranha. Não concordam?
- Concordo.
- Também concordo. Caríssimos, temos um excelente objeto de estudo e análise. O que acha, estagiário?

E ele responde:

- Pra mim, ele só tava cagando...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Post censurado

Voltei há pouco de um debate entre os candidatos a prefeito daqui de Pelotas, lá no auditório da faculdade.

Eu teria muita coisa pra escrever sobre isso. Tem candidato que perderia feio no "Soletrando" do Luciano Huck, mas ainda assim surpreendeu. Teve candidato beirando um ataque cardíaco de nervosismo. E outro que parecia se perguntar "o que diabos eu estou fazendo aqui?".

Tem um candidato que eu não posso comentar nada, porque ele pode me processar. E outro dos candidatos tentou parecer normal. Lógico que eu desconfiei. Um candidato normal? Como é isso? Pelo sim, pelo não...

Três candidatos não compareceram. Dois deles, segundo piadas de última hora, estavam em reunião com os presidenciáveis dos Estados Unidos - o que, no meu ver, é mais bacana que a desculpa que deram lá na hora. A terceira ausência foi uma grande lástima, porque eu planejava convidá-lo pra tomar uma cerveja. Por conta dele, é claro.

E vocês acreditam que teve gente achando que um dos candidatos era um rockstar? Pois é.

Como vocês podem ver, eu teria um monte de coisas pra falar sobre esse debate. Mas dizem que o TSE tá de olho no que escrevem sobre as eleições desse ano. Já me sugeriram que eu não citasse nomes.

Melhor não facilitar, sabe como é esse povo.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Fazendo bico

(Atenção: este texto contém alta incidência de um termo formado por míseras duas letras, mas que é considerado um palavrão. Se algum menor de idade ler este texto, não me responsabilizo. Mas fico muito contente, porque é um indício de que o anafalbetismo está caindo.)

Várias são as expressões que me causam curiosidade. "Bater as botas", por exemplo. Quem morre bate as botas? Antes ou depois de morrer? Se for antes, porque bater as botas? Pra avisar que está morrendo? Se for depois, como consegue bater as botas se já está morto?

"Barbeiro" é outra. Pô, Fulano é muito barbeiro. Não sei como dirige.

Por que "barbeiro"? O barbeiro da barbearia é necessariamente um mau motorista? Um mau motorista sabe fazer a barba? Se barbeiro é mau motorista, ele pode exercer sua profissão de barbeiro estando alcoolizado?

Mas certa vez escutei uma expressão extremamente bizarra. Tão bizarra que, obviamente, imaginei diversas explicações pra ela. Nenhuma plausível.

- Cara, que cansaço. Vou dormir até meu cu fazer bico!

E então meus pensamentos páram pra especular sobre a cena. Por que eu nunca vi um cu fazendo bico. Nem o meu. Acho que é por isso que eu já acordo cansado. Eu nunca dormi o suficiente. Nunca dormi até meu cu fazer bico. E além da dificuldade de imaginar a cena propriamente, existem várias possibilidades de um cu fazer bico.

Situação: o cidadão acorda e vê que está sem seu cu. Fica terrivelmente assustado, é claro.

- Mulher, cadê meu cu?
- Saiu. Foi fazer bico. Dormiu demais, mané.

E, a partir daí, surgem várias possibilidades. Ele sairia à procura do seu cu, e o encontraria vendendo sucos pela rua. A "banca de refrescos do Cu" estaria servindo sucos para ganhar uns trocados. Vivemos em uma época difícil. Achar emprego não é fácil hoje em dia. Principalmente para um cu cabeludo. Os empregadores têm um preconceito contra cabeludos que vou te contar. Então o cu estaria fazendo esse bico pra ganhar uns trocados e ajudar nas contas da casa.

Ou então ele encontraria seu cu em uma fábrica de bicos. Ele estaria ajudando a fabricar bicos para bebês. Estaria fazendo bicos. Para crianças e para mamadeiras. O que obviamente me causou nojo. Vá saber a procedência de um bico ou o nível de higiene de uma fábrica de bicos.

Mas eis a idéia que mais assusta qualquer cidadão: encontrar seu cu sendo fotografado, fazendo biquinho. Tipo aquelas caras que as pessoas fazem quando tiram fotos. Vocês sabem do que eu falo.

Decepção total para qualquer pessoa. Ver seu cu posando para fotos assim, se deixando fotografar para qualquer um? Como assim?! O cidadão teria tanta vergonha do seu cu que o deixaria em casa para sempre. Não teria coragem de deserdar seu próprio cu, porque aí o cu dele pode parar nas mãos de qualquer um.

Seria ultrajante para um cu de família.