quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Lu Patinadora

- A gente tá recebendo aqui o Eugênio, que vai contar pra gente como é que ele descobriu. Eugênio, conta pra quem tá nos assistindo.
- Ah, então Fátima, na verdade eu descobri quando ainda criança. Eu ganhava carrinhos, bonequinhos, bolas, mas achava muito mais interessante os brinquedos das meninas, sabe?
- É mesmo? Você preferia brincar com coisas que não eram de meninos?
- Exatamente. Eu não achava graça em empurrar o carrinho, em pegar bonequinho e brincar de luta. Futebol, então... nossa, nunca vi graça. Sabe que eu lembro que, quando ganhei minha primeira bola, eu chorei...
- Chorou? Nossa, mas então não gostava mesmo... mas não chorou de alegria?
- Não! Eu não gostava mesmo...
- Você me desculpe a brincadeira... mas então, você brincava com coisas de menina?
- Isso. Eu tinha uma priminha da mesma idade que eu e sempre invejei os brinquedos dela. Ela tinha uma boneca que falava "mamãe", e a primeira vez que eu vi aquilo fiquei encantado...
- Que bonitinho...
- E ela também tinha um cachorrinho que saltava... era um cachorrinho bem fofo. A gente ligava, ele dava uns 4 latidinhos fininhos e depois dava um susto na gente! Ele dava um salto mortal... eu achava o máximo.
- Sim! Minha filha teve esse cachorrinho, teve esse mesmo susto...
- E tinha uma boneca que dava risadinha, eu achava aquilo lindo... e lembra da Lu Patinadora? De repente alguém aqui da plateia lembra, era uma boneca que andava de patins. Não era o máximo gente? Ah, a Lu Patinadora era uma coisa simplesmente maravilhosa!
- Sim, claro... olha, tem um monte de gente concordando!
- Pois é. E foi isso. Acho que a Lu Patinadora mudou minha vida mesmo...
- Muito interessante. Isso só reforça que essa coisa já vem de criança, né? Não se trata exatamente de uma escolha...
- Pois é, foi desde criança mesmo. Digamos que foi por causa da Lu Patinadora que eu resolvi seguir nessa área da robótica.

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