A burrice humana é algo que nos diverte quando é realmente séria. Qualquer um sabe disso. Até mesmo Renato Russo, que cantava "vamos celebrar a estupidez humana". E vejam como ele era burro: com essa frase, ele queria posar de cult e de jovem revoltado ao mesmo tempo.
Não vou falar de burrices cotidianas, como relatar perda de documentos na polícia e achar os mesmos documentos 2 minutos depois. Burrices sérias estão em um nível tão estratosférico que poderiam, com um simples estalar de dedos, desempregar todos os palhaços de circos do mundo ao mesmo tempo.
Afinal, no quesito "fazer rir", o mexicano Marcelino Castro, morador da Califórnia, desbanca qualquer palhaço circense com um pé nas costas. Era 20 de fevereiro de 2006 quando este cidadão casado, então com 42 anos, resolveu sair da sua rotina sexual. Bem, na verdade não se sabe se ele resolveu sair da rotina ou seguir na rotina. O fato é que Marcelino resolveu usar um vibrador. E seu apego pelo vibrador foi tão forte que o aparelho resolveu trancar dentro dele. Mas bem, tudo certo até aí, afinal, cada um na sua. Tenho um amigo estudante de Medicina que já me relatou casos de atendimento onde o paciente dizia "é que eu tava fazendo um sanduíche, e aí a mandioca escapou".
Só que o acontecido assustou Marcelino. Assustou de uma tal forma que ele resolveu mentir para o seu chefe, dizendo que havia sido estuprado por dois grandes samoanos negros, que o estrangularam e doparam. Quando ele acordou, estava com as calças arriadas. O relato causado pelo medo de Marcelino assustou também o chefe, que resolveu chamar a polícia ao local do "crime", o que fez com que Marcelino contasse a história para mais 11 pessoas. Investiga daqui, investiga dali, e obviamente o relato de Marcelino não bateu com 1 décimo da verdade. A polícia descobriu a mentira de Marcelino, cuja burrice não parou aí: ele recebeu 12 acusações por falso testemunho - uma para cada pessoa que ouviu a lorota. Tá achando que acabou? Que nada. O cara teve que restituir o Estado em 30 mil dólares. Marcelino deve estar pensando até hoje na quantidade de vibradores que pode comprar com esse dinheiro.
Burrice aliada à vagabundagem também dá caso de polícia. O bom nesse caso é que os policiais podem rir um pouco. Em 2007, na cidade de São José do Rio Preto, um cidadão resolveu roubar uma oficina mecânica. Aparentemente ele estava com fome, porque depois de separar tudo o que iria roubar, ele viu que tinha carne na geladeira e ainda achou uma churrasqueira e carvão. E pelo visto o churrasco demorou a ficar pronto, porque a polícia chegou e acabou com tudo. Inclusive com o roubo.
Já em Louisiana, Estados Unidos, um ladrão provou que ficar na escola assistindo aquela aula chata de matemática não era o seu forte. Seu plano para assaltar uma loja de conveniências era pedir troco para uma nota de 20 dólares. Quando a atendente abriu a caixa, o gênio sacou o revólver e exigiu o dinheiro da moça. E assim se fez: o cara fugiu levando os 15 dólares que havia no caixa, deixando os 20 dólares que ele tinha no bolso. Robin Hood morreria de desgosto.
Aliás, essa é a premissa de qualquer assaltante: uma pequena lojinha. Se tiver algum movimento, melhor: talvez ele saia com alguns celulares a mais. Foi isso que um larápio cabaço fez nos Estados Unidos. Para o seu primeiro assalto, ele escolheu uma lojinha bacana, com algum movimento, coisa e tal.
Coitado, tão inexperiente... a loja era de armamentos. E estava cheia de clientes, todos armados. A polícia estava parada exatamente em frente à loja, e lá dentro estava um policial fardado. Assustado, ele berrou "hands up!" e disparou um tiro. Foi o que bastou pro guri virar uma peneira e ter sua vida de crimes encerrada de uma forma tão breve quanto inesquecível, já que ele foi parar no conceituado Darwin Awards.
O Darwin Awards é uma premiação que nos brinda com as fatalidades mais desgraçadamente burras do mundo e onde o padre dos balões foi imortalizado há pouco tempo. Ele faz companhia a um cidadão que, em 28 de março de 1993, resolveu jantar guascamente um prato de feijão e repolho. Bucho cheio, ele foi dormir em seu quarto com portas e janelas bem trancadas e vedadas. E foi lá dentro que o estômago do guri resolveu produzir o metano nosso de cada dia. Por causa da janta, a cota de metano produzida foi muito acima do normal. E ele morreu dormindo, sufocado em uma nuvem de peido. Talvez tenha sido o suicídio mais científico da história.
E há burros na Argentina também. No oitavo andar de um prédio de Buenos Aires, um casal estava brigando loucamente, quando o marido resolveu arremessar a mulher pela sacada. Sortuda como ela só, a guria caiu em cima dos fios de energia elétrica e não morreu.
Logicamente o marido não ficou contente pela incompetência em arremesso de esposa. Ou quem sabe ele se empolgou com a idéia e quis fazer igual à ela. Bem, o fato é que o cara se jogou da sacada - não se sabe se tinha a intenção de completar o serviço ou de salvar a mulher, num ímpeto de arrependimento. Mas aconteceu que o jumento errou o alvo e se espatifou no chão, enquanto a mulher conseguiu se safar por uma sacada vizinha, com ferimentos leves e sem marido. Felizmente ou infelizmente.
O que eu quero dizer com esse texto é que há burrices muito maiores do que trancar o carro com a chave dentro ou escovar os dentes com Hipoglós. Portanto, fiquem tranqüilos. Basta rir um pouco.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
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