Gurizada, essa crise mundial tá forte mesmo. Não sei se vocês viram, mas o Hugh Hefner, 82 anos, fundador da Playboy, terminou um dos seus namoros. E dane-se que a notícia tenha quase 2 meses. A Dercy Gonçalves tava aí até bem pouco tempo atrás e todo mundo achava bacana.
Mas bem, finjamos estar lidando com um grande Lego e vamos por partes. Em primeiro lugar, como já falei, a crise tá braba. Afinal, um dos namoros de um grande empresário terminou quando essa crise mundial estava fervendo.
Eu não sei de quem partiu o pé na bunda, mas convenhamos que é bastante plausível pensar que o fim desse relacionamento se deu por causa da crise mundial. Se a iniciativa partiu dele, indica um providencial corte de gastos no setor particular da sua vida, com a finalidade de manter sua economia estável. Mas se aconteceu o contrário e a iniciativa partiu dela, indica que a previsão é que o empresário passará por momentos de escassez econômica, e as festas na Mansão Playboy serão muito mais... tímidas, digamos.
Mas deixemos a crise de lado e passemos à outro ponto: mais de um namoro pressupõe mais de uma sogra. A menos que algumas dessas sogras estejam mortas, a conclusão que eu chego é que o cara certamente tem uma paciência muito maior do que a de Jó, porque eu imagino o tamanho das reclamações vindas de sogras que têm como genro o dono da Mansão Playboy - cujas festinhas fazem qualquer filme pornô serem meras e inofensivas passagens bíblicas. Além disso eu nem conheço esse Jó e sequer sei se o cara sabia jogar Paciência.
Enfim, deixa eu continuar. É analisando uma notícia dessas que percebemos ser meros e fedorentos mortais. O cara terminou um dos seus namoros.
Captaram a idéia do singular em meio ao plural da frase? Pois é. A imprensa noticiou o fim de UM DOS NAMOROS do cara, e tenho certeza que ele não sofreu a mais ínfima represália por parte de suas outras namoradas. Sugiro uma experiência aos leitores e leitoras que possuem um relacionamento extra-conjugal: cheguem em casa e anunciem que terminaram um dos seus namoros. Depois do acalorado debate no aconchego do lar, pensem o que poderia ter acontecido se esse anúncio tivesse ocorrido na imprensa.
Eu imagino que, com muita sorte, dormiria dentro de um vaso sanitário.
"Mas, como eu já disse antes, ela é o amor da minha vida, e eu espero passar o resto da minha vida com ela", completou ele sobre a namorada de 29 anos.
Nesse caso, o amor tardou, falhou, mas trouxe uma recompensa. Vejam:
Na semana passada, segundo a revista 'People', ele foi visto com duas gêmeas de 19 anos, Kristina and Karissa Shannon. "Bom, elas querem ser namoradas e na atual circunstância, elas provavelmente serão minhas namoradas".
Insisto: somos meros, cagados e fedorentos mortais. Qualquer pessoa normal mal conseguiria manter dois namoros - um sem saber da existência do outro. Hugh Hefner não. O cara namorava TRÊS e uma pulou fora, sobrando apenas duas. Tadinho do véio. Vocês não ficaram com pena deles? Pois em substituição à que pulou fora e como uma forma de ser consolado em um período de dor de cotovelo, entram duas IRMÃS GÊMEAS. Dada a idade dele (82) e a delas (19), isso é um incesto com uma leve pitada de pedofilia. E pior: ele tinha três, ficou com quatro e continuou com três sogras, enquanto eu iria me consolar em um boteco qualquer com uma mísera cerveja, afinal eu mal teria dinheiro pra duas. Assim, até muçulmano fica com inveja.
Vou ali tirar umas fotos de mulheres peladas pra ver se tomo jeito na vida.
sábado, 29 de novembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Chinese Democracy
Rapaz, o mundo da música tá balançando. Não bastasse a Ângela Bismarchi virar cantora, o Chinese Democracy, finalmente, foi lançado. Eu, que sempre falei que o Chinese Democracy seria um álbum póstumo do Axl Rose, queimei a língua.
Pra começo de conversa, chamar o Chinese Democracy de disco novo não é certo. Um negócio que passou mais de 15 anos sendo produzido e que tá pra ser lançado na semana que vem há pelo menos 10 anos não pode ser considerado exatamente "novo". Meus caros, eu escutei o Chinese Democracy. Eu venci o meu medo e escutei esse disco. Não estou me gabando disso, porque se gabar de escutar um álbum recém lançado em tempos de internet é uma coisa bem retardada. E aos que me chamam de "corajoso", meu primeiro comentário é: eu preferia continuar com o medo, em nome da minha infância.
Não quero aqui dar uma de velho saudosista, mas desde que eu sou piá meu sonho é sair de uma minúscula Igreja no meio do casamento do meu amigo, ir pro meio do deserto e, depois de tocar aquele solo, emendar a Sweet Child O' Mine. Uma pequena mistura, mas essa foi minha infância feliz.
Eu não vou disponibilizar os links aqui porque já teve cara sendo preso por isso. Parece que a acusação vai ser tráfico gratuito de entorpecentes, mas não sei bem se é verdade. Sim, é óbvio que o álbum vazou - inclusive a arte da capa. E é óbvio que eu baixei. E é óbvio que eu vou deletar. É como achar um filhote de arara azul na rua e trazer pra casa. A gente vai deixar o bicho em casa e esperar o Ibama chegar pra comer o rabo de todo mundo? É lógico que não.
A propósito, araras azuis do mundo, perdoem-me pela comparação. Não quis ofender.
Enfim, não é por medo eu vou deletar o álbum deste computador, e sim por consciência. Em um grande e esforçadamente bondoso resumo, o disco é um projeto solitário e megalomaníaco para causar inveja a meros mortais. Nós, meros mortais, não temos nem 10 reais pra gravar um álbum e sequer conseguiríamos chamar o Chimbinha pra uma participação especial. Axl Rose, por sua vez, gasta mais de 13 milhões para gravar um disco, que conta com a participação de Brian May. E simplesmente caga para essa participação, porque resolveu não colocar nada da participação do cara no disco. Imagino que o pensamento do Axl nessa hora foi "Brian não foi meu amiguinho como o Sebastian Bach, então nada feito." Sendo assim, Axl deixou Sebastian Bach dar uma ou duas tossidas no álbum todo.
Axl mostra ainda que saber cantar é um fator puramente secundário. Vez ou outra ele lembra o Axl de 20 anos atrás, mas parece que faz questão mesmo é de soar como uma gralha recém nascida e desafinada, que diz "mãe, olha só, estou cantando!", de modo que uma mãe em sã consciência responderia "cala a boca e vai estudar, guri".
As guitarras do disco são um caso à parte. Foram praticamente um "American Idol", só que de guitarra. Dois terços da população estadunidense gravaram as guitarras. Há músicas gravadas por CINCO guitarristas, coisa de fazer inveja a Slipknot. Em alguns momentos Robin Finck, Buckethead e Ron 'Bumblefoot' Thal tentam mostrar seus talentos (e o fazem muito bem), mas nesses poucos momentos eu cheguei à conclusão que Axl dialogava com um pedaço de pizza portuguesa.
- Essa guitarra tá ficando bacana.
- ...
- Pô, muito bom.
- ...
- Vou colocar uns lances eletrônicos aqui pra estragar essa porra.
Eu não vou me ater muito a comentar cada faixa, mesmo porque não quero aumentar meu trauma. Mas o fato que mais me chamou a atenção é que Street of Dreams me soou como uma tentativa de renascer a clássica Estranged. De modo que, em uma comparação aproximada, essa tentativa de resgate é o mesmo que tentar renascer Leonardo da Vinci usando o cérebro de Adolf Hitler.
E, apesar de tudo isso, esse disco foi lançado. O que acabou com parte da minha infância - talvez por erro meu, porque eu não consegui ouvir o disco sem pensar que aquele cara era frontman da primeira banda que ocupou este coraçãozinho róquenrôu que vos escreve.
Ou seja, ele é Axl Rose e nós somos um bando de cagados. E agora eu vejo que é bastante lógico ele ter demorado pra lançar esse disco. Eu também sentiria vergonha e insegurança de lançar um negócio desses.
Pra quem não é o Axl Rose, mas mesmo assim é um rockstar em decadência, esse álbum é uma boa dica. Dica de "disco que eu não devo lançar se quiser recuperar ao menos dois quinhentonésimos do prestígio que eu tinha".
Ou mesmo dica de "disco que eu preciso gravar e mostrar pra Ângela Bismarchi se ela quiser fazer um dueto comigo".
Pra começo de conversa, chamar o Chinese Democracy de disco novo não é certo. Um negócio que passou mais de 15 anos sendo produzido e que tá pra ser lançado na semana que vem há pelo menos 10 anos não pode ser considerado exatamente "novo". Meus caros, eu escutei o Chinese Democracy. Eu venci o meu medo e escutei esse disco. Não estou me gabando disso, porque se gabar de escutar um álbum recém lançado em tempos de internet é uma coisa bem retardada. E aos que me chamam de "corajoso", meu primeiro comentário é: eu preferia continuar com o medo, em nome da minha infância.
Não quero aqui dar uma de velho saudosista, mas desde que eu sou piá meu sonho é sair de uma minúscula Igreja no meio do casamento do meu amigo, ir pro meio do deserto e, depois de tocar aquele solo, emendar a Sweet Child O' Mine. Uma pequena mistura, mas essa foi minha infância feliz.
Eu não vou disponibilizar os links aqui porque já teve cara sendo preso por isso. Parece que a acusação vai ser tráfico gratuito de entorpecentes, mas não sei bem se é verdade. Sim, é óbvio que o álbum vazou - inclusive a arte da capa. E é óbvio que eu baixei. E é óbvio que eu vou deletar. É como achar um filhote de arara azul na rua e trazer pra casa. A gente vai deixar o bicho em casa e esperar o Ibama chegar pra comer o rabo de todo mundo? É lógico que não.
A propósito, araras azuis do mundo, perdoem-me pela comparação. Não quis ofender.
Enfim, não é por medo eu vou deletar o álbum deste computador, e sim por consciência. Em um grande e esforçadamente bondoso resumo, o disco é um projeto solitário e megalomaníaco para causar inveja a meros mortais. Nós, meros mortais, não temos nem 10 reais pra gravar um álbum e sequer conseguiríamos chamar o Chimbinha pra uma participação especial. Axl Rose, por sua vez, gasta mais de 13 milhões para gravar um disco, que conta com a participação de Brian May. E simplesmente caga para essa participação, porque resolveu não colocar nada da participação do cara no disco. Imagino que o pensamento do Axl nessa hora foi "Brian não foi meu amiguinho como o Sebastian Bach, então nada feito." Sendo assim, Axl deixou Sebastian Bach dar uma ou duas tossidas no álbum todo.
Axl mostra ainda que saber cantar é um fator puramente secundário. Vez ou outra ele lembra o Axl de 20 anos atrás, mas parece que faz questão mesmo é de soar como uma gralha recém nascida e desafinada, que diz "mãe, olha só, estou cantando!", de modo que uma mãe em sã consciência responderia "cala a boca e vai estudar, guri".
As guitarras do disco são um caso à parte. Foram praticamente um "American Idol", só que de guitarra. Dois terços da população estadunidense gravaram as guitarras. Há músicas gravadas por CINCO guitarristas, coisa de fazer inveja a Slipknot. Em alguns momentos Robin Finck, Buckethead e Ron 'Bumblefoot' Thal tentam mostrar seus talentos (e o fazem muito bem), mas nesses poucos momentos eu cheguei à conclusão que Axl dialogava com um pedaço de pizza portuguesa.
- Essa guitarra tá ficando bacana.
- ...
- Pô, muito bom.
- ...
- Vou colocar uns lances eletrônicos aqui pra estragar essa porra.
Eu não vou me ater muito a comentar cada faixa, mesmo porque não quero aumentar meu trauma. Mas o fato que mais me chamou a atenção é que Street of Dreams me soou como uma tentativa de renascer a clássica Estranged. De modo que, em uma comparação aproximada, essa tentativa de resgate é o mesmo que tentar renascer Leonardo da Vinci usando o cérebro de Adolf Hitler.
E, apesar de tudo isso, esse disco foi lançado. O que acabou com parte da minha infância - talvez por erro meu, porque eu não consegui ouvir o disco sem pensar que aquele cara era frontman da primeira banda que ocupou este coraçãozinho róquenrôu que vos escreve.
Ou seja, ele é Axl Rose e nós somos um bando de cagados. E agora eu vejo que é bastante lógico ele ter demorado pra lançar esse disco. Eu também sentiria vergonha e insegurança de lançar um negócio desses.
Pra quem não é o Axl Rose, mas mesmo assim é um rockstar em decadência, esse álbum é uma boa dica. Dica de "disco que eu não devo lançar se quiser recuperar ao menos dois quinhentonésimos do prestígio que eu tinha".
Ou mesmo dica de "disco que eu preciso gravar e mostrar pra Ângela Bismarchi se ela quiser fazer um dueto comigo".
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domingo, 16 de novembro de 2008
Bunda
Há certos fatos da vida que nos fazem perceber que o mundo tá complicado, muito complicado. "Você sabe que o mundo está de pernas pro ar quando o melhor rapper é branco, o melhor golfista é negro, a França acusa os EUA de serem arrogantes e a Alemanha não quer ir à guerra", diz o velho ditado. Mas já faz tanto tempo que eu não tenho notícias do Eminem que eu acho que essa frase já está louca de ultrapassada.
Eu prefiro analisar a complicação do mundo de outro ponto de vista. Da bunda, mais precisamente.
A bunda é universal. É quase que nem gosto, mas a frase sobre gosto envolve um local mais específico. Há quem diga que quem manda no corpo, de fato, é a bunda. Parece que, nos primórdios da humanidade, a bunda reclamou para si o poder de mandar no corpo. Braços, pernas, cérebro, coração, todo mundo caiu na gargalhada. "Ah, é?", disse Dona Bunda, "vocês vão rir?" Então Dona Bunda passou 2 semanas em greve de evacuação. E, hoje, todo mundo respeita a bunda.
Tanto é verdade que Gretchen se tornou famosa por causa da bunda. Sua companheira de Era Paleolítica, Rita Cadillac, também. No mesmo bonde (só que da década passada) estão Carla Perez, Scheila Carvalho, Sheila Mello, Feiticeira, Tiazinha e tantas outras pessoas que, juntas, fariam Albert Einstein ter 3 infartos fulminantes em meio minuto - e pelas mais diversas razões.
Percebam que a bunda é muito mais que uma descarga de dejetos ou uma possível visão bonita. É uma possibilidade de ascensão social. Carla Perez jamais ficaria rica depois de tirar primeiro lugar em um vestibular pra faculdade de Medicina, onde descobriria a cura do câncer e da AIDS ao mesmo tempo. O melhor é que há espaço para qualquer tipo de bunda triunfar, ganhar seu lugar no sol e deixar de ser apenas mais uma bunda virada pra Lua. Até mesmo as bundas feias. Mulher Melancia tá aí e não me deixa mentir.
Como qualquer questão social, a bunda já está se elitizando. Eis, por exemplo, o caso da pelotense Melanie Fronckowiak. Ela é neta de Diosma Nunes, uma vereadora local ainda mais antiga que Rita Cadillac e Gretchen. Diosma exerceu o cargo de prefeita da cidade enquanto o imperador Fetter II estava licenciado no primeiro turno. Só por aí já dá pra se perceber o sangue azul que tem a bunda de Melanie.
Mais alarmante que o fato de ela ser minha conterrânea e eu não conhecê-la pessoalmente (e isso não é alarmante, é uma lástima) é o fato de ela ter vencido um concurso internacional de bunda mais bonita.
Prêmio justíssimo, diga-se de passagem
Se vocês não entenderam, eu explico: o concurso foi realizado na capital francesa, Paris. Melanie, pela sua vitória, engordou os bolsos com 15 mil euros e assinou um contrato com uma agência de modelos. Por outro lado, Mulher Melancia fez sucesso nas bocadas do Rio de Janeiro, assinou 15 mil contratos com a Playboy e comprou casas, carros, roupas e tá louca de famosa.
Ou seja, o mundo está, de fato, de pernas (e bundas) pro ar.
Só me resta uma dúvida: caso Melanie negue uma entrada por trás, ela pode ser processada por abuso de autoridade?
Eu prefiro analisar a complicação do mundo de outro ponto de vista. Da bunda, mais precisamente.
A bunda é universal. É quase que nem gosto, mas a frase sobre gosto envolve um local mais específico. Há quem diga que quem manda no corpo, de fato, é a bunda. Parece que, nos primórdios da humanidade, a bunda reclamou para si o poder de mandar no corpo. Braços, pernas, cérebro, coração, todo mundo caiu na gargalhada. "Ah, é?", disse Dona Bunda, "vocês vão rir?" Então Dona Bunda passou 2 semanas em greve de evacuação. E, hoje, todo mundo respeita a bunda.
Tanto é verdade que Gretchen se tornou famosa por causa da bunda. Sua companheira de Era Paleolítica, Rita Cadillac, também. No mesmo bonde (só que da década passada) estão Carla Perez, Scheila Carvalho, Sheila Mello, Feiticeira, Tiazinha e tantas outras pessoas que, juntas, fariam Albert Einstein ter 3 infartos fulminantes em meio minuto - e pelas mais diversas razões.
Percebam que a bunda é muito mais que uma descarga de dejetos ou uma possível visão bonita. É uma possibilidade de ascensão social. Carla Perez jamais ficaria rica depois de tirar primeiro lugar em um vestibular pra faculdade de Medicina, onde descobriria a cura do câncer e da AIDS ao mesmo tempo. O melhor é que há espaço para qualquer tipo de bunda triunfar, ganhar seu lugar no sol e deixar de ser apenas mais uma bunda virada pra Lua. Até mesmo as bundas feias. Mulher Melancia tá aí e não me deixa mentir.
Como qualquer questão social, a bunda já está se elitizando. Eis, por exemplo, o caso da pelotense Melanie Fronckowiak. Ela é neta de Diosma Nunes, uma vereadora local ainda mais antiga que Rita Cadillac e Gretchen. Diosma exerceu o cargo de prefeita da cidade enquanto o imperador Fetter II estava licenciado no primeiro turno. Só por aí já dá pra se perceber o sangue azul que tem a bunda de Melanie.
Mais alarmante que o fato de ela ser minha conterrânea e eu não conhecê-la pessoalmente (e isso não é alarmante, é uma lástima) é o fato de ela ter vencido um concurso internacional de bunda mais bonita.
Prêmio justíssimo, diga-se de passagem
Se vocês não entenderam, eu explico: o concurso foi realizado na capital francesa, Paris. Melanie, pela sua vitória, engordou os bolsos com 15 mil euros e assinou um contrato com uma agência de modelos. Por outro lado, Mulher Melancia fez sucesso nas bocadas do Rio de Janeiro, assinou 15 mil contratos com a Playboy e comprou casas, carros, roupas e tá louca de famosa.
Ou seja, o mundo está, de fato, de pernas (e bundas) pro ar.
Só me resta uma dúvida: caso Melanie negue uma entrada por trás, ela pode ser processada por abuso de autoridade?
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Terra e trote - O Troteador da Noite - Final
Epílogo: após ter perdido de perfect, Pequeno Garoto seguiu o conselho da Pópis, prima do Kiko e amiga do Chaves, e por telefone contou tudo para a sua mãe.
------
A tarde se passou. Quando chegou em casa, Pequeno Garoto se deparou com a mãe. Nesse momento moradores da região afirmam tê-los visto conversando. Fofoqueiros que são, não resistiram e pararam para escutar a conversa, que aqui será transcrita.
- Guri, um plano maquiavélico bolei. O front assumirei e a batalha vencerei. A tudo observarás e com minha vitória aprenderás. Depois, torna-te quem és.
- Quem sou, mamãe?
- Sois o escolhido. Batalhas com Maléficos Espíritos do Tele-Atendimento devereis travar, em nome do bem da humanidade.
- E qual é o plano?
- Observai.
Mamãe Titular da Conta percorreu o velho caminho telefônico. O encontro com o META Terra não tardou a acontecer. Algumas testemunhas oculares se negam a noticiar o fato, por temerem represálias.
ROUND 4, FIGHT!
- Boa tarde, eu gostaria de cancelar minha assinatura, meu CPF é 123456789-0 e vou cancelar porque VENDI O COMPUTADOR.
A tática era perfeita. O golpe em caps lock, forte e decidido, típico de Mamãe titular da conta, cambaleou o META Terra. Vitória sacramentada? Jamais. O META é conhecido por suas táticas cruéis de tortura e combate. Pequeno Garoto observava tudo e fazia anotações num rolo de papel higiênico. Mamãe Titular da Conta continuou:
- Siiim, eu já sei das vant... o quê?! Que preço é esse? Mas eu pago mais que isso! Como assim? Que trapaça é essa?
Foi um contra-golpe duro do META Terra, que ninguém esperava. Não existe adversário bobo, como dizia Zagallo na Copa de 1913. E META jamais seria bobo, mesmo que a frase de Zagallo seja uma mentira. Os combatentes estavam em igualdade agora, e Pequeno Garoto já havia abandonado as anotações. O papel higiênico com suas anotações (como foi dito na primeira parte) está guardado a sete chaves.
- Não mesmo! Vocês não avisaram! Que absurdo é esse? Não tinha propaganda nenhuma! - agora era Mamãe Titular da Conta que estava cambaleante. O golpe foi duríssimo. META Terra estava em clara vantagem, prestes a ganhar a guerra. Pequeno Garoto quis intervir, mas Mamãe Titular da Conta não permitiu. Com uma garra incontestável, retrucou:
- Isso é um absurdo! E mesmo assim, eu não posso mais fazer uso! Eu não tenho mais computador! EU O VENDI!
A repetição do primeiro golpe atinge em cheio o focinho de META Terra e surpreende a todos. Ela cai, já agonizante. Após uma nervosa pausa, Mamãe Titular da Conta se pára a rir, já triunfante. Pequeno Garoto ri junto, lembrando das piadas que o Casseta & Planeta fez há algum tempo com telefonistas e pensando: "Aquilo é real!".
META não admite a derrota e o fim da guerra, com vitória dos assinantes. Mamãe Titular da Conta tem uma bela atitude desportiva e tenta consolar a derrotada:
- Minha querida, eu não tenho mais computador. Não há mais como eu fazer uso da internet. Imprima o protocolo.
A telefonista admite a derrota. A guerra acabara! Os assinantes suaram, mas venceram! A vitória foi comemorada com uma cerveja estupidamente gelada. O copo na mão foi o desfecho da transformação de Pequeno Garoto, segundo a vizinha da esquina.
- Aprendei, Pequeno Garoto: em duelo contra um META, mentir necessário é. Tal como da cara deles rir. Eles te obrigaram a isso.
- Eles me obrigaram a isso. ELES ME OBRIGARAM A ISSO.
- Agora vá. Torna-te quem és: o Troteador. Lutai contra os METAs do mundo.
- Já vou. Só deixa eu dar uma olhadinha no Orkut. Minha internet é nova e rápida, sabe cumé.
Para alguns, lenda. Para outros, realidade. Uma pessoa, que prefere se manter anônima, afirma:
Lenda ou não, os serviços de tele-marketing jamais foram os mesmos.
------
A tarde se passou. Quando chegou em casa, Pequeno Garoto se deparou com a mãe. Nesse momento moradores da região afirmam tê-los visto conversando. Fofoqueiros que são, não resistiram e pararam para escutar a conversa, que aqui será transcrita.
- Guri, um plano maquiavélico bolei. O front assumirei e a batalha vencerei. A tudo observarás e com minha vitória aprenderás. Depois, torna-te quem és.
- Quem sou, mamãe?
- Sois o escolhido. Batalhas com Maléficos Espíritos do Tele-Atendimento devereis travar, em nome do bem da humanidade.
- E qual é o plano?
- Observai.
Mamãe Titular da Conta percorreu o velho caminho telefônico. O encontro com o META Terra não tardou a acontecer. Algumas testemunhas oculares se negam a noticiar o fato, por temerem represálias.
ROUND 4, FIGHT!
- Boa tarde, eu gostaria de cancelar minha assinatura, meu CPF é 123456789-0 e vou cancelar porque VENDI O COMPUTADOR.
A tática era perfeita. O golpe em caps lock, forte e decidido, típico de Mamãe titular da conta, cambaleou o META Terra. Vitória sacramentada? Jamais. O META é conhecido por suas táticas cruéis de tortura e combate. Pequeno Garoto observava tudo e fazia anotações num rolo de papel higiênico. Mamãe Titular da Conta continuou:
- Siiim, eu já sei das vant... o quê?! Que preço é esse? Mas eu pago mais que isso! Como assim? Que trapaça é essa?
Foi um contra-golpe duro do META Terra, que ninguém esperava. Não existe adversário bobo, como dizia Zagallo na Copa de 1913. E META jamais seria bobo, mesmo que a frase de Zagallo seja uma mentira. Os combatentes estavam em igualdade agora, e Pequeno Garoto já havia abandonado as anotações. O papel higiênico com suas anotações (como foi dito na primeira parte) está guardado a sete chaves.
- Não mesmo! Vocês não avisaram! Que absurdo é esse? Não tinha propaganda nenhuma! - agora era Mamãe Titular da Conta que estava cambaleante. O golpe foi duríssimo. META Terra estava em clara vantagem, prestes a ganhar a guerra. Pequeno Garoto quis intervir, mas Mamãe Titular da Conta não permitiu. Com uma garra incontestável, retrucou:
- Isso é um absurdo! E mesmo assim, eu não posso mais fazer uso! Eu não tenho mais computador! EU O VENDI!
A repetição do primeiro golpe atinge em cheio o focinho de META Terra e surpreende a todos. Ela cai, já agonizante. Após uma nervosa pausa, Mamãe Titular da Conta se pára a rir, já triunfante. Pequeno Garoto ri junto, lembrando das piadas que o Casseta & Planeta fez há algum tempo com telefonistas e pensando: "Aquilo é real!".
META não admite a derrota e o fim da guerra, com vitória dos assinantes. Mamãe Titular da Conta tem uma bela atitude desportiva e tenta consolar a derrotada:
- Minha querida, eu não tenho mais computador. Não há mais como eu fazer uso da internet. Imprima o protocolo.
A telefonista admite a derrota. A guerra acabara! Os assinantes suaram, mas venceram! A vitória foi comemorada com uma cerveja estupidamente gelada. O copo na mão foi o desfecho da transformação de Pequeno Garoto, segundo a vizinha da esquina.
- Aprendei, Pequeno Garoto: em duelo contra um META, mentir necessário é. Tal como da cara deles rir. Eles te obrigaram a isso.
- Eles me obrigaram a isso. ELES ME OBRIGARAM A ISSO.
- Agora vá. Torna-te quem és: o Troteador. Lutai contra os METAs do mundo.
- Já vou. Só deixa eu dar uma olhadinha no Orkut. Minha internet é nova e rápida, sabe cumé.
Para alguns, lenda. Para outros, realidade. Uma pessoa, que prefere se manter anônima, afirma:
Eu vi o Troteador da Noite. Fiquei com muito medo, mas eu ri. Ele tomou meu celular e duelava contra o Maléfico Espírito do Tele-Atendimento Terra. Esbravejava por não ter acesso a alguns canais de televisão e eu ri. Foi horrível.
Lenda ou não, os serviços de tele-marketing jamais foram os mesmos.
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quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Terra e trote - O Troteador da Noite - Parte III
Epílogo: por intermédio de um celular, Pequeno Garoto resolveu ligar do local de trabalho para o Maléfico Espírito do Tele-Atendimento Terra. Para isso, tinha em mãos a Carteira de Identidade da mãe, onde podia ver o número do CPF dela. Pequeno Garoto foi zombado por seus inferiores do trabalho, o que, segundo algumas pessoas, ocasionou mais transformações. Seus dentes começaram a se mostrar.
Pequeno Garoto já não era mais o mesmo. E nunca mais seria. O sangue que corria em suas veias pensava apenas em vingança contra a META. E ele percorreu o velho caminho telefônico.
------
ROUND 3, FIGHT!
- Toninha do Diabo, em que posso ajudá-lo?
"Não sei. Liguei só pra ver como era. Tem compromisso pra essa noite?", pensou.
- Eu quero cancelar minha assinatura.
- Qual seu nome senhor?
"Não interessa, eu só quero cancelar essa bodega."
- Pequeno Garoto.
- Qual seu CPF senhor Pequeno Garoto?
- 123456789-0. Mas não é meu, é da minha mãe, que é a titular da conta e...
Sinceridade, esta maldita.
- Nesse caso é necessário que a titular da conta entre em contato senhor.
- Mas ela já me autorizou e não entende bulhufas disso e...
- Ela precisa saber das vantagens que vai perder e...
"Te como o cu a seco."
- Não tem como ser por mim? Tem certeza? Já estamos conscientes das incríveis super baita vantagens que perderemos e...
- Só com a titular da conta senhor.
A sinceridade ainda lhe mataria. Era a primeira lição que aprendia após a transformação. Há quem diga que foi nesse momento que Pequeno Garoto demonstrou interesse em adotar uma postura ébria, que seria parte da sua imagem no futuro.
- Ok, depois eu ligo.
- Terra agra...
Desligou. E perdeu o terceiro round de perfect.
(continua)
Pequeno Garoto já não era mais o mesmo. E nunca mais seria. O sangue que corria em suas veias pensava apenas em vingança contra a META. E ele percorreu o velho caminho telefônico.
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ROUND 3, FIGHT!
- Toninha do Diabo, em que posso ajudá-lo?
"Não sei. Liguei só pra ver como era. Tem compromisso pra essa noite?", pensou.
- Eu quero cancelar minha assinatura.
- Qual seu nome senhor?
"Não interessa, eu só quero cancelar essa bodega."
- Pequeno Garoto.
- Qual seu CPF senhor Pequeno Garoto?
- 123456789-0. Mas não é meu, é da minha mãe, que é a titular da conta e...
Sinceridade, esta maldita.
- Nesse caso é necessário que a titular da conta entre em contato senhor.
- Mas ela já me autorizou e não entende bulhufas disso e...
- Ela precisa saber das vantagens que vai perder e...
"Te como o cu a seco."
- Não tem como ser por mim? Tem certeza? Já estamos conscientes das incríveis super baita vantagens que perderemos e...
- Só com a titular da conta senhor.
A sinceridade ainda lhe mataria. Era a primeira lição que aprendia após a transformação. Há quem diga que foi nesse momento que Pequeno Garoto demonstrou interesse em adotar uma postura ébria, que seria parte da sua imagem no futuro.
- Ok, depois eu ligo.
- Terra agra...
Desligou. E perdeu o terceiro round de perfect.
(continua)
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