segunda-feira, 13 de julho de 2009

Grandes linguistas do futebol

No mundo do futebol, costuma-se dizer que a linguagem da bola é universal. Eu nunca entendi direito o que isso significa, já que nunca vi uma pelota utilizar as cordas vocais e o máximo que sua imagem arredondada permite de leitura corporal é ler "Adidas", "Nike" e coisas do gênero.

Apesar de não entender isso é fácil perceber que, de fato, a linguagem da bola é universal. Tanto que diversos jogadores tentam a sorte em países de línguas completamente doidas - e acabam encontrando a sorte mesmo. Nesse post, listo 5 personagens que fazem com que o mundo do futebol seja quase uma Torre de Babel com sua única língua.

1) Joel Santana

Ele é um dos mais simpáticos técnicos de futebol no mundo. Competente para alguns e, para outros, apenas simpático mesmo. Seu inglês no comando da África do Sul correu o mundo e, hoje, Joel Santana é a grande sensação da linguagem mundial.



Joel Santana é o principal difusor do inglês shakesperiano no mundo da bola. Eu diria que, se Shakespeare estivesse vivo, seria capaz de morrer de orgulho do incrível Papai Joel.

2) Anderson

Notem que eu falei que Joel é um "difusor". Não falei "introdutor" porque soaria meio boiola e não posso dizer que ele é pioneiro no uso do inglês arcaico no futebol mundial. Graças à Anderson.

Esse jovem jogador ficou nacionalmente conhecido durante um jogo da segunda divisão, onde sua equipe sofreu cerca de 15 pênaltis e o dobro de expulsões. Nenhum dos pênaltis foi convertido e, no final do jogo, Anderson provou ser um fominha marrento e muito chato, pegou a bola e fez um gol que é quase a definição exata de "sorte". Esse gol não apenas deu a vitória ao seu time em um jogo pra lá de modorrento como também salvou a equipe de um vexame de proporções tsunâmicas.

Mas a maior contribuição de Anderson para o mundo do futebol foi esta:



Joel Santana é praticamente um seguidor de Anderson. O tablóide inglês "The Sun" e as revistas "Contigo!" e "Pesca e cia." cogitam que Anderson receberá uma honraria do Império Britânico por seus feitos em prol da cultura linguística da Terra da Rainha.

3) Jef Silva

Como eu falei antes, alguns jogadores tentam a sorte em países de línguas bizarras. É o caso de Jef Silva, que trocou o Avaí, de Florianópolis, pelo futebol da Sérvia. O nome do seu clube é tão bizarro que é traduzido em todas as línguas. Quando eu fundar meu país, minha tradução vai ser "Clube de Nome Bizarro". Por enquanto, utilizo a tradução para o português: "Estrela Vermelha".



Aparentemente, Jef insiste em sugerir que seu clube troque de nome. Infelizmente, a relutância dos dirigentes parece grande. Mas acho que Jef continua na luta.

4) Vanderlei Luxemburgo

Luxemburgo é o empresário que mais sabe se disfarçar de técnico de futebol. Na sua passagem pelo poderoso Real Madrid, ele fez com a língua espanhola aquilo que Joel Santana fez com a inglesa...



... porém lendo e com a desenvoltura de um ganso bêbado.

5) Perdigão

O portunhol, essa mistura tão interessante quanto vodka com limão e açúcar, não ficou em evidência apenas por Vanderlei Luxemburgo. Perdigão também se utilizou dessa mistura. Falo do portunhol, apesar de Perdigão ser conhecido por utilizar muito da outra mistura citada nesse trecho.

Perdigão (também conhecido como "El Meduso Borracho" ou "Cumpadi Washington") foi essencial na conquista da Libertadores e do Mundial de 2006 pelo Internacional - títulos que, como todos sabem, são os mais importantes da história do futebol nacional, quiçá mundial. O curioso é que Perdigão esteve poucas vezes em campo. O futebol é, de fato, um esporte coletivo. Demais.

No vídeo, Perdigão comenta o título colorado na Libertadores:



Posteriormente, Perdigão foi a principal contratação do Vasco da Gama e do Corinthians nos últimos 25 anos. Hoje, seu talento está à serviço do São Caetano - onde foi a principal contratação da história.

Estes ilustres senhores fazem com que o esporte seja um exemplo para líderes de nações do mundo inteiro. Senhor Lula, tá na hora de se comunicar em outras línguas.
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